segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Nanoescala

Mais uma imagem que explica a nanoescala:

FCN GT MR - Como se conceitua um nanomaterial?


      A definição de nanomaterial adotada pelo Grupo de Trabalho foi a  da ISO/TR 12885-2008: nanomaterial engenheirado é um material nanoestruturado e/ou é o que contém nano-objetos.
      Proposta de Algoritmo para a classificação de um produto como nanomaterial, elaborado com 
base no algoritmo sugerido para a classificação de Nanocosméticos publicado em 2007:



  • Nanomateriais I, II e V seguem legislação específica para grau de risco alto 
  • Nanomateriais III e VII seguem legislação específica para grau de risco médio 
  • Nanomateriais IV e VI seguem legislação específica para grau de risco baixo 

      Cabe  salientar a diferença de conceitos entre um  nanomaterial  e um material nanoscópico  (ou material nanométrico). O algoritmo apresentado se refere à classificação de um nanomaterial e não de materiais nanométricos. Um nanomaterial deve seguir o conceito apresentado acima (ISO TC229). Por outro lado, um material nanométrico é aquele que se encaixa em dimensão na faixa de 1 a 1000 nm, mas não apresenta novas propriedades ou aplicações quando comparados com a substância na sua forma molecular ou bulk (uma porção da matéria). 

      Para deixar claro representamos a escala de medidas para nanomateriais e para objetos naturais (Figura 2).  Os produtos nanotecnológicos são apenas os nanomateriais, que foram produzidos com interferência do ser humano. Os materiais nanoscópicos naturais como o DNA (largura de hélice de 2 nm) ou a ATPsintase (10 nm de diâmetro), salientadas em círculos vermelhos na figura 2, não são produtos nanotecnológicos. 


FCN GT MR - O que é necessário acrescentar na Legislação vigente dessa cadeia produtiva para abranger os produtos nanotecnológicos?


      Para responder é necessário fazer o levantamento da regulação de insumos, intermediários e produtos químicos com base na legislação vigente por setor econômico: Indústria da transformação, Indústria Química, Produtos Químicos para uso industrial e Produtos Químicos para uso final, Medicamentos, Cosméticos, Produtos Médico-Hospitalares e Kits diagnóstico, Alimentos, Agronegócio, Eletrônica, Defesa e Energia, Petróleo e gás.

      Após o estudo e considerando as propriedades físico-químicas dos nanomateriais capazes de afetar seu comportamento, o estabelecimento e sistematização de um organograma da classificação dos insumos e produtos nanotecnológicos é necessário para consideração de seus graus de risco, eficácia e segurança.

      Sugestão de algoritmo para a classificação de um produto como nanomaterial.
  • Apresenta propriedades diferentes do que o mesmo material nas suas formas atômica, molecular ou bulk?
  • Contém nanoestruturas menores que 1000 nm?
  • Os nano-objetos são fibrosos ou têm uma dimensão preponderante?
  • Contém nanopartículas insolúveis menores que 100 nm?
  • Contém nanopartículas solúveis ou lábeis?
  • Os dados existentes comprovam a segurança do uso de nanopartículas solúveis ou lábeis?
  • Contém nanopartículas solúveis ou lábeis menores que 100 nm?
  • Os dados existentes comprovam a segurança das substâncias solubilizadas a partir das nanopartículas solúveis ou lábeis?

FCN GT MR - Indicadores de qualidade de insumos ou produtos nanotecnológicos


      Muitas organizações científicas ou forças-tarefas governamentais têm recomendado fortemente que toxicologistas caracterizem adequadamente as propriedades físico-químicas das nanopartículas. No entanto, muitas vezes esta recomendação é inconsistente ou ineficaz por não haver uma priorização de quais são, de fato, as características físico-químicas prioritárias capazes de afetar a segurança ou determinar a potencial toxicidade das mesmas. 

      Estas propriedades físico-químicas influenciarão os riscos envolvidos, não somente na cadeia produtiva como ao consumidor. Uma análise dos trabalhos científicos publicados até o momento indica que as propriedades abaixo citadas são as mais relevantes neste quesito, devendo ser as prioritárias para a análise de risco.

  • Tamanho das partículas e distribuição de tamanho;
  • Via de exposição/administração;
  • Labilidade em meios biológicos ou ambiente;
  • Estrutura cristalina;
  • Estado de agregação;
  • Composição / revestimentos de superfície;
  • Reatividade de superfície;
  • Método de síntese/ fabricação;
  • Pureza da amostra;
  • Volume de produção.

      Na atualidade uma nova ciência tem emergido, a  Nanotoxicologia, uma sub-área da Nanotecnologia. A Nanotoxicologia estuda da interação de nanoestruturas com sistemas biológicos, com ênfase na elucidação da relação entre as propriedades físicas e químicas (por exemplo, tamanho, forma, química de superfície, composição e agregação) de nanoestruturas com a indução de respostas biológicas tóxicas.  A figura sistematiza  as etapas e fatores que influenciam  as interações entre as nanopartículas e os meios biológicos.

Interrelações entre as propriedades físico-químicas das nanopartículas e as respostas biológicas (Fischer and Chan, Current Opinion in Biotechnology 2007, 18:565–571).

FCN GT MR - Paralelo entre a regulação e a competitividade do setor econômico selecionado (a) local e (b) global


      Localmente a regulação é quase inexistente. De uma forma geral deve-se buscar com parcimônia a regulação do setor (produtivo, P&D, etc.) buscando um ponto de equilíbrio minimizando os riscos à saciedade e maximizando o desenvolvimento científico e a inovação tecnológica.

      Em termos globais vários países como EUA, Canadá, Japão e a EU têm trabalhado junto de suas agências de regulação, de fomento à pesquisa, proteção ambiental e saúde do trabalhador com a sociedade, academia e empresas ligadas com atividades envolvendo o uso, manuseio e aplicação da nanotecnologia. A  webpage na Internet  www.nanotech.law.asu.edu/ apresenta um interessante levantamento do cenário mundial em termos de nanoregulação. Trata-se de um sítio no qual pode-se encontrar anexados os principais documentos referentes á nanoregulaçao nos diferentes Países e blocos econômicos.

FCN GT MR - Quais os riscos envolvidos na cadeia produtiva


      Para cada nova rota tecnológica inserida em uma cadeia produtiva, sempre haverá a necessidade de avaliação de risco/segurança em dependência do tipo de inovação técnica/materiais empregados. No caso da nanotecnologia, devido ao seu caráter múltiplo há necessidade de avaliações específicas. 

      Os riscos são distintos em cada etapa produtiva, quando do manuseio, da produção, da incorporação e/ou da degradação do nanomaterial ou do produto contendo nanomaterial (is). O risco principal é a contaminação através da dispersão aérea,  seguido pelo contato (pele e mucosas) e por último por ingestão acidental. Há também, riscos de contaminação ambiental (dispersão de materiais particulados) decorrente da degradação dos produtos ou mesmo acidentes (vazamento) de produtos e/ou falha no sistema de gestão e controle ambiental. Em relação aos trabalhadores, potencialmente, os riscos serão decorrentes, principalmente da exposição a nanopartículas, que apresentem grande capacidade de penetração em vários órgãos do corpo.

      Provavelmente existirão cadeias produtivas em que o risco associado às nanotecnologias não  deferirão de outras, associadas às tecnologias estabelecidas e reguladas. Outros setores, por sua  vez, necessitarão de novos parâmetros metrológicos para assegurar a segurança do consumidor,  trabalhador e ambiental. 

      O setor farmacêutico, tomado com exemplo, normalmente apresenta requisitos bastante estritos,  tanto em relação à segurança dos produtos, ambientes fabris e saúde do paciente e do trabalhador,  bem com impacto ambiental. Neste cenário, é possível (e já realidade para a produção de alguns  nanomedicamentos) que estes materiais, ambientes e legislação atendam os quesitos para garantir a  segurança, eliminando risco de novos nanoprodutos farmacêuticos. Evidentemente, que dado o  caráter inovador da nanotecnologia (novos e sofisticados tipos de nanopartículas são constantemente  desenvolvidos) e das diversas potencialidades de usos,  é  realista  inferir que uma abordagem de  avaliação de risco caso- a caso seja pertinente, de acordo com as propriedades físico-químicas das  partículas.

FCN GT MR - Quais os desafios e gargalos a serem transpostos em relação à regulação


      Em termos de nano-regulação há sem dúvida vários desafios e gargalhos e serem sobrepujados, visando o objetivo final de  atestar a segurança dos produtos à saúde humana, ao ambiente e ao trabalhador.  Em paralelo, há também o interesse de incrementar a área  e o desenvolvimento tecnológico em vários setores produtivos, de forma a que mais produtos inovadores sejam produzidos, gerando riqueza e melhorando a qualidade de vida  das pessoas. Há, portanto, necessidade de know-how técnico, ponderação e bom senso. 

      É importante destacar o caráter múltiplo da nanotecnologia. Sob este conceito existe uma gama de muitas diferentes tecnologias, as quais  geram materiais em nanoescala que apresentam propriedades diferentes entre si, as quais são decorrentes de sua composição química, organização supramolecular, tamanho, estado físico de apresentação e método de produção, entre outros aspectos. Em decorrência destas diferenças é  possível inferir comportamentos diferentes destes nanomateriais quanto aos impactos biológicos e  ambientais. A título de exemplo para  ilustrar este cenário, pode-se comparar os lipossomas e os nanotubos de carbono. Os primeiros são fabricados à base de fosfatidilcolina, uma matéria-prima originada da soja e cuja presença é endógena em muitos organismos vivos. A estruturação deste material  em lipossomas,  vesículas bi- ou multicamadas fornece interessantes carreadores de fármacos, seguros, cuja biolabilidade assegura sua segurança. Há mais de 25 anos estas nanovesículas têm sido comercializadas para a veiculação da anfotericina B; o medicamento resultante é muito mais eficaz e seguro que o convencional. No outro  exemplo, consideramos o caso de nanotubos de carbono de parede simples. Há dados científicos que relatam de  sua toxicidade pulmonar e capacidade de gerar de  radicais livres (Lam ET AL.,  Toxicological Sciences 77, 126-134 (2004), Nel et al. "Toxic Potential of Materials at the Nanolevel". Science 311 (5761): 622–7).

O participante do GT Guilherme F. B. Lenz e Silva faz o seguinte comentário:
“A criação de um marco regulatório capaz de ser efetivo no controle do uso, aplicação, manuseio, de forma a dar garantias de segurança aos consumidores, funcionários/empregados e às empresas, poderá permitir a inovação em produtos, dispositivos sem burocratizar demasiadamente ou coibir o desenvolvimento sem  colocar em risco os vários elementos da cadeia produtiva e usuários finais. Os gargalos são baseados especialmente na baixa ou fraca regulamentação de todo o setor de produtos químicos no Brasil, independentemente se há componentes ou compostos nanoparticulados ou não. Deve-se diferenciar o controle dos materiais intermediários e dos produtos finais, quando o nanomaterial incorporado passa a estar integrado ao produto ou novo material, não havendo o mesmo risco à saúde ou ao meio ambiente.”

O principal gargalo, a partir da globalização, e isso se aplica a qualquer cadeia, é compatibilizar a legislação nacional com a estrangeira.

FCN GT MR - Qual o cenário brasileiro atual de regulação e como este se relaciona com o internacional


      Na atualidade o momento é de definições tanto no cenário internacional como nacional. Não existem leis específicas para nanotecnologia (ausência de  “nanolaws”).  O avanço das aplicações dos materiais nanoestruturados em diversos setores da economia gerando uma gama produtos que alcançaram o mercado, aliado ao fato de que a opinião pública tem tomado conhecimento destas novas “nanotecnologias” tem impulsionado as discussões.  Outro  determinante da necessidade de regulação é o econômico, pois o quesito regulatório é muitas vezes é ponderado pelas empresas no momento definição do uso de novas tecnologias.

      Até o momento vários produtos de base nanotecnológica  já  se encontram no mercado, tanto internacional com brasileiro, os registros vêm sendo possíveis empregando as legislações vigentes. Evidentemente, é necessário mencionar que o panorama atua é de indefinições, pois muitas vezes um determinado que chega ao mercado contém sistemas nanoestruturados, mas o fabricante não os declara. Outras vezes, não existe nanotecnologia nos produtos e o fabricante declara haver.

      Neste sentido caberia a questão, estaria a nanotecnologia “escapando” da regulação? Na verdade a discussão está na ordem do dia. Alguns alegam a necessidade urgente de legislação específica para a nanotecnoologia. Em paralelo, há também o posicionamento  de  que a legislação vigente seria aplicável para regular as nanotecnologias, sobretudo para aquelas pertinentes aos setores econômicos  relacionados à produtos e  processos  destinados à saúde humana (para as quais a legislação existente é bastante rigorosa e baseada em premissas técnicas estritas). 

      Independentemente do posicionamento o que é razoável considerar nas ações a serem adotadas é que necessariamente a regulação deverá ser pautada por parâmetros técnicos metrológicos.

FCN GT MR - Qual a definição de nanotecnologia


O Grupo de Trabalho do Marco Regulatório, do Forum de Competitividade em Nanotecnologia, adotou a definição da ISO TC 229:
“Nanotechnology Standardization in the field of nanotechnologies that includes either or both of the following:

1. Understanding and control of matter and processes at the nanoscale, typically, but not exclusively, below 100 nanometers in one or more dimensions where the onset of sizedependent phenomena usually enables novel applications,
2.Utilizing the properties of nanoscalematerials that differ from the properties of individual atoms, molecules, and bulk matter, to create improved materials, devices, and systems that exploit these new properties.

.. traduzindo para nosso bom português:
"Padronização da nanotecnologia no campo das nanotecnologias, que inclui uma ou ambas das seguintes opções:
1. Entendimento e controle da matéria e processos em nanoescala, tipicamente, mas não exclusivamente, abaixo de 100 nanômetros em uma ou mais dimensões, onde o aparecimento de fenômenos dependentes da dimensão normalmente permite novas aplicações,
2.Utiliza as propriedades de materiais em nanoescala que diferem das propriedades dos átomos individuais, moléculas e da matéria a granel, para criar melhores materiais, dispositivos e sistemas que exploram essas novas propriedades."

FCN - Marco Regulatório


      O Grupo de Trabalho- Marco Regulatório participante do Fórum de Competitividade em Nanotecnologia
criou um documento que tem por objetivo sistematizar as informações provenientes das reuniões ocorridas ao longo do ano de 2010. O documento é constituído por uma secção onde as principais definições e questionamentos relativos à Nanotecnologia são discutidos, seguido da proposta de algoritmo para a classificação de um produto como nanomaterial e, finalmente, das sugestões elaboradas como resultados das reuniões do GT.
      Para ver o documento na integra siga o link:
http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1283535420.pdf

Como se trata de uma fonte importante para definição das próprias definições da nanotecnologia, eu estarei compilando os tópicos do Marco Regulatório nos próximos posts do blog.


Nanotecnologia Hoje


Colocando os pingos nos "Is" novamente, segue abaixo mais um trecho da reportagem do Jornal da Ciência, que destaca as áreas e setores influênciados pela Nanotecnologia:

      No campo da pesquisa acadêmica, pelo menos na área de saúde, a nanotecnologia já é uma realidade, avalia William Waissmann, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), um dos principais centros de pesquisa nessa área. A nanotecnologia é uma área multidisciplinar que associa química, física, biologia e engenharia na manipulação e construção de moléculas novas com propriedades distintas. 
      "Trata-se de uma plataforma que pode operar uma verdadeira revolução em vários setores industriais", diz ele, citando exemplos de vários produtos de uso corriqueiro, como para limpeza do petróleo na água, plásticos para guardar alimentos, meias que não deixam cheiro ou tintas que impedem o risco. "Na área de saúde, a nanotecnologia tem momentos importantes na biotecnologia para produção de fármacos, quimioterápicos e outros medicamentos, na produção de vacinas e biossensores e na regeneração de tecidos e óssea", afirma.
      Um dos setores com crescimento mais acelerado no desenvolvimento de novas tecnologias, já com várias aplicações em escala industrial, é o automobilístico. "A primeira onda de materiais de nanotecnologia representou um avanço muito forte na indústria, principalmente nos materiais plásticos. Eles se tornaram mais fluidos, duráveis e resistentes, aplicados a para-choques, conectores e centrais elétricas inteligentes", diz Flávio Campos, membro do conselho diretor do SAE Brasil e diretor de engenharia da Delphi. "O desafio é obter escala e melhorar as condições de custo, tornando os produtos mais acessíveis ao consumidor".

.. e lá vamos nós de novo \o/

Fonte:
http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=80480

Fórum de Competitividade de Nanotecnologia

      Iniciado em 23 de novembro de 2009, foi criado o "Fórum de Competitividade de Nanotecnologia" pela Secretaria de Tecnologia e Inovação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
      O Fórum de Competitividade de Nanotecnologia surge como ferramenta estratégica para apoiar na discussão e encaminhamento de iniciativas e programas segundo as dimensões da PDP. Tem como objetivo aumentar a competitividade do país no mercado mundial por meio da articulação entre as necessidades do setor privado – formado por representantes do meio empresarial e dos trabalhadores - o setor governamental e a academia. O Fórum busca o consenso em torno de oportunidades e desafios, definindo metas e ações voltadas para uma nova política industrial de desenvolvimento da produção.

      Essa é uma boa dica para se manter informado das decisões governamentais tomadas para a área da nanotenologia, no site oficial estão disponibilizadas as atas das reuniões de cada comissão, seguindo o link você pode visualizar a apresentação com as informações bases do FCN (Fórum de Competitividade de Nanotecnologia):

https://docs.google.com/present/edit?id=0AZ04VcUsEVuQZGRmYmd2cnFfODI2ZmQ2dmdraGM 

Nanoinvestimentos

Olá tripulantes,

      Eu com minhas peculiares viagens pelo mundo da nanotecnologia achei um link onde é discutido sobre o investimento do nosso País as pesquisas da área de NT`s (nanotecnologias), com dados atualizados.
      Mesmo com o grande crescimento da aplicação de pesquisas feitas nessa área, ainda existem entraves que dificultam a disseminação das NT`s visto que os investimentos são baixos comparado ao cenário mundial.

O Jornal da Ciência destaca que:

"Segundo Samuel César Júnior, técnico de planejamento e pesquisa do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), em oito anos - de 2000 a 2007 - o investimento federal em nanotecnologia alcançou meros R$ 195 milhões, sendo que os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul concentraram dois terços desses recursos. A soma significa menos de 5% do investimento total do Brasil em pesquisa no período (R$ 3,9 bilhões). Foram 504 projetos (3,89%) de um total de 12.969 apoiados por financiamento governamental. Desse total, 91 projetos contaram com empresas envolvidas.
...
Estudos realizados no meio empresarial apresentam um cenário igualmente severo em relação ao estágio atual da nanotecnologia no País. Pesquisa divulgada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro mostra que o mercado de produtos originalmente desenvolvidos no Brasil somou apenas R$ 115 milhões em 2010. Enquanto isso, o volume de negócios no mercado internacional atingiu US$ 383 bilhões, incluindo o faturamento com 1.015 produtos para o consumidor final ou intermediários.
Dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, divulgados pela Firjan, indicam que existem hoje 150 empresas desenvolvendo produtos ou prestando serviços a partir de conhecimentos em nanotecnologia."

      Como pesquisadores, incentivadores ou até mesmo admiradores do desenvolvimento nanotecnologico é interessante sempre estarmos situados sobre o progresso da ciência, e seu atual foco.
      Para ler a notícia na integra siga o link:
http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=80480


terça-feira, 26 de julho de 2011

Quiz - Diversão Inteligente

Para os mais Nerds e aficcionados por jogos o site HowStuffWorks ( ComoTudoFunciona ) disponibiliza um Quiz de perguntas sobre nanotecnologia.

Pra quem quiser tentar segue o link:

http://www.hsw.uol.com.br/quiz.htm?q=2108

ps: minha pontuação foi 60% de acertos hehehehehe

[hsw] - Desafios, riscos e ética da nanotecnologia

O desafio mais imediato na nanotecnologia é que nós precisamos aprender mais sobre materiais e suas propriedades na nanoescala. Universidades e corporações de todo o mundo estão estudando rigorosamente como os átomos se encaixam para formar grandes estruturas. Nós ainda estamos aprendendo como a mecânica quântica impacta as substâncias à nanoescala.





Como os elementos em nanoescala se comportam de maneira diferente do que eles fariam em sua forma principal, há uma preocupação de que algumas nanopartículas possam ser tóxicas. Alguns médicos temem que, por serem tão pequenas, as nanopartículas possam facilmente atravessar a barreira sangue-cérebro, uma membrana que protege o cérebro de componentes nocivos lançados na corrente sanguínea. Se planejamos usar nanopartículas para revestir tudo - de nossas roupas a rodovias, precisamos ter certeza de que elas não vão nos envenenar.

Fortemente relacionada à barreira do conhecimento está a barreira técnica. Para que as incríveis previsões sobre a nanotecnologia se tornem realidade, temos de encontrar formas de produzir em massa produtos de tamanho nanométrico como transistores e nanofios. Embora possamos usar nanopartículas para fazer coisas como raquetes de tênis e tecidos que não amassam, ainda não podemos fazer chips para microprocessadores realmente complexos com nanofios.

Grude apocalíptico
Eric Drexler, o homem que introduziu a palavra nanotecnologia, apresentou uma visão apocalíptica - o mal funcionamento de nanorrobôs autorreplicadores, duplicando a si mesmos um trilhão de vezes mais, rapidamente consumindo o mundo inteiro à medida que eles tiram carbono do ambiente para construir mais de si mesmos. Isso é chamado de  cenário "gray goo" , em que um dispositivo sintético de tamanho nanométrico substitui todo o material orgânico do planeta. Outro cenário envolve nanodispositivos feitos de material orgâncio, varrendo a Terra do mapa - o cenário "green goo".

Existem algumas preocupações sociais pesadas sobre nanotecnologia também. A nanotecnologia também pode permitir que criemos armas mais poderosas, letais e não letais. Algumas organizações estão preocupadas que nós consigamos apenas examinar as implicações éticas da nanotecnologia nos armamentos depois que esses dispositivos estiverem construídos. Elas encorajam cientistas e políticos a examinar cuidadosamente todas as possibilidades da nanotecnologia antes de se projetarem armas progressivamente poderosas.

Se a nanotecnologia na medicina possibilitar que nos melhoremos fisicamente, isso é ético. Na teoria, a nanotecnologia médica poderia nos tornar mais inteligentes, mais fortes e nos dar outras possibilidades que variam de uma cura rápida à visão noturna. Devemos perseguir esses objetivos? Podemos continuar nos chamando de humanos, ou nos transformaríamos em trans-humanos - o próximo passo no caminho evolutivo do homem? Já que quase toda tecnologia começa sendo muito cara, isso  quer dizer que estaríamos criando duas raças de pessoas - uma raça abastada de humanos modificados e uma população mais pobre de pessoas inalteradas? Nós não temos respostas para essas perguntas, mas várias organizações estão encorajando os nanocientistas a considerar essas implicações agora, antes que seja muito tarde.

Nem todas as questões envolvem a alteração do corpo humano - algumas lidam com o mundo das finanças e da economia.  Se a fabricação molecular se tornar uma realidade, como ela vai impactar o mundo da economia? Assumindo que possamos construir qualquer coisa de que precisemos com o clique de um botão, o que acontece com todos os empregos industriais? Se podemos criar qualquer coisa usando um replicador, o que acontece com a moeda? Devemos mudar para uma economia completamente eletrônica? Nós ainda precisaríamos de dinheiro?

Se nós, na verdade, vamos precisar responder a todas essas questões é uma questão em debate. Muitos especialistas acham que preocupações como grey goo e trans-humanos são muito prematuras, e provavelmente desnecessárias. Mesmo assim, a nanotecnologia vai continuar, definitivamente, a nos impactar à medida que aprendermos mais sobre o enorme potencial da nanoescala.

Para saber mais sobre nanotecnologia, visite os links da próxima página.

Autoria: http://ciencia.hsw.uol.com.br/nanotecnologia5.htm

[hsw] - O futuro da nanotecnologia

No mundo de "Jornada nas Estrelas", máquinas chamadas de replicadores podem produzir praticamente qualquer objeto físico, de armas a copos fumegantes com chá Earl Grey. Considerado para ser exclusivamente um produtos de ficção científica, os replicadores são uma possibilidade bem real para algumas pessoas. Elas chamam isso de fabricação molecular, e se algum dia ela se tornar uma realidade, vai mudar o mundo drasticamente.

Átomos e moléculas ficam juntos porque eles têm formas complementares que os mantêm juntos, ou cargas que se atraem. Assim como com magnetos, um átomo carregado positivamente vai grudar num átomo carregado negativamente. À medida que milhões desses átomos forem colocados juntos por nanomáquinas, um produto específico começará a tomar forma. O objetivo da manufatura molecular é manipular átomos individualmente e colocá-los num padrão para produzir uma estrutura desejada.

O primeiro passo seria desenvolver máquinas nanoscópicas, chamadas montadoras, que os cientistas podem programar para manipular átomos e moléculas à vontade. O professora Richard Smalley, da Universidade Rice, frisa que só uma máquina nanoscópica levaria milhões de anos para montar uma quantidade significativa de material. Para que a manufatura molecular seja prática, seria preciso trilhões de montadores trabalhando juntos simultaneamente. Eric Drexler acredita que os montadores poderiam, primeiro, autorreplicar-se, construindo outros montadores. Cada geração construiria outra, resultando num crescimento exponencial até que houvesse montadores suficientes para produzir objetos [fonte: Ray Kurzweil].

Montadores podem ter partes que se movem como
nanoengrenagens nesse desenho-conceito


Trilhões de montadores e replicadores poderiam caber em uma área menor que um milímetro cúbico, e ainda seriam muito pequenos para serem visto a olho nu. Montadores e replicadores poderiam trabalhar juntos para construir produtos automaticamente, e poderiam, eventualmente, substituir todos os métodos tradicionais de trabalho. Isso poderia diminuir amplamente os custos de manufatura, fazendo com isso mercadorias de consumo abundantes, mais baratas e mais fortes. Finalmente, seríamos capazes de replicar qualquer coisa, inclusive diamantes, água e comida. A escassez de comida poderia ser erradicada pelas nanomáquinas, que fabricariam alimentos para alimentar a fome.


Na medicina, nanorrobôs podem ser programados 
para atacar e reconstruir a estrutura molecular 
das células do câncer

A nanotecnologia deve ter seu maior impacto na indústria médica. Pacientes beberão líquidos contendo nanorrobôs programados para atacar e reconstruir a estrutura molecular das células do câncer e dos vírus. Há até uma especulação de que os nanorrobôs poderiam atrasar ou reverter o processo de envelhecimento, e a expectativa de vida poderia aumentar significativamente. Os nanorrobôs também poderiam ser programados para realizar cirurgias delicadas - como nanocirurgiões, eles trabalhariam num nível milhares de vezes mais preciso que o mais afiado dos bisturis [fonte: International Journal of Surgery]. Ao trabalhar em uma escala tão pequena, um nanorrobô poderia operar sem deixar as cicatrizes que uma cirurgia convencional deixa. Além disso, os nanorrobôs poderiam mudar sua aparência física. Eles poderiam ser programados para realizar cirurgias cosméticas, rearranjando seus átomos para mudar suas orelhas, seu nariz, sua cor de olho ou qualquer outra característica física que você desejasse alterar.
Quão nova é a nanotecnologia?
     Em 1959, Richard Feynman, físico e futuro vencedor do Nobel, deu uma palestra na American Physical Society chamada "There's Plenty of Room at the Bottom" [Há muito espaço na Base].  O foco do seu discurso era sobre o campo da miniaturização e como ele acreditava que o homem poderia criar dispositivos cada vez menores e mais poderosos.
     Em 1986, K, Eric Drexler escreveu "Engines of Creation" [ Motores da Criação] e introduziu o termo nanotecnologia. A pesquisa científica realmente expandiu na última década. Inventores e corporações não estão muito atrás - hoje, mais de 13 mil patentes registradas no Escritório de Patentes dos EUA têm a palavra "nano" nelas [fonte: US Patent and Trademark Office].

A nanotecnologia tem um potencial para ter efeitos positivos no ambiente. Por exemplo, cientistas poderiam programar nanorrobôs aerotransportados para reconstruir a camada de ozônio. Os nanorrobôs poderiam remover contaminantes das fontes de água e limpar derramamentos de óleo. A fabricação de materiais usando um método de nanotecnologia conhecido como bottom-up - a partir da junção de componentes individuais, em vez de usinagem ou outro método de formação a partir de grandes blocos - também polui menos que os processos convencionais de manufatura. Nossa dependência de recursos não renováveis poderia diminuir com a a nanotecnologia. O corte de árvores,  a exploração de minas de carvão, a perfuração de poços de petróleo podem não ser mais necessárias - as nanomáquinas poderiam produzir esses recursos.

Muitos especialistas em nanotecnologia acham que essas aplicações estão fora do reino da possibilidade, pelo menos num futuro próximo. Eles alertam que as aplicações mais exóticas são apenas teorias. Alguns se preocupam que a nanotecnologia pode acabar como a realidade virtual - em outras palavras, o exagero à cerca da nanotecnologia vai continuar a crescer até que as limitações do campo sejam de conhecimento público, e, então, o interesse (e o dinheiro) vai se dissipar rapidamente.

Na próxima página, vamos ver os desafios e os riscos da nanotecnologia.

[hsw] - Produtos com nanotecnologia

Você pode se surpreender ao descobrir quantos produtos no mercado já estão se beneficiando da nanotecnologia.
 
Alguns protetores solares já vêm com nanopartículas de óxido de zinco 
que evitam a cor esbranquiçada do produto
  
Usando nanotecnologia, engenheiros da Bridgestone 
criaram o Quick Response Liquid Powder Display, 
uma tela digital flexível
 
  • Protetor solar - Muitos protetores solares contêm nanopartículas de óxido de zinco ou de óxido de titânio. As fórmulas mais antigas de protetores usam partículas maiores, que é o que dá à maioria dos protetores sua cor esbranquiçada. Partículas menores são menos visíveis, o que quer dizer que quando você esfregar o produto na sua pele, ele não vai proporcionar uma cor esbranquiçada.
  • Vidro autolimpante - Uma empresa chamada Pilkington oferece um produto que ela chama de Activ Glass, que usa nanopartículas para fazer vidro fotocatalítico e hidrófilo. Por causa do efeito fotocatalítico, quando a radiação UV da luz atinge o vidro, as nanopartículas ficam energizadas e começam a quebrar e a soltar moléculas orgânicas no vidro (em outras palavras, sujeira). Com o efeito hidrófilo, quando a água faz contato com o vidro, ela se espalha pelo vidro igualmente, lavando e limpando o vidro.
  • Vestuário - Cientistas estão usando nanopartículas para melhorar seu vestuário. Ao cobrir os tecido com uma fina camada de nanopartículas de óxido de zinco, os fabricantes podem criar roupas que dão melhor proteção contra a radiação UV. Algumas roupas têm nanopartículas na forma de pequenos cabelos ou pelos que ajudam a repelir a água e outros materiais, tornando a roupa resistente a manchas.
     
  • Cobertura resistente a arranhões - Engenheiros descobriram que adicionar nanopartículas de silicato de alumínio a coberturas plásticas resistentes a arranhões tornam o revestimento mais eficaz, aumentando a resistência a arranhões e a lascas. As coberturas resistentes a arranhões são muito comuns - de carros a lentes de óculos.
  • Curativos antimicrobianos - O cientista Robert Burrell criou um processo para fabricar curativos antibacterianos usando nanopartículas de prata. Os íons da prata bloqueiam a respiração celular dos micróbios [fonte: Burnsurgery.org]. Em outras palavras, a prata sufoca as células prejudiciais, matando-as.
  • Limpadores de piscinas e desinfetantes - A EnviroSystems, Inc. desenvolveu uma mistura (chamada nanoemulsão) de gotas de óleo de tamanho nanométrico com bactericida. As partículas de óleo aderem à bactéria, tornando o bactericida mais eficiente e eficaz. [fonte: The Ecologist]

Novos produtos incorporando nanotecnologia estão surgindo todos os dias. Tecidos resistentes a rugas, cosméticos de penetração profunda, LCDs e outras conveniências usando nanotecnologia estão no mercado. Antes de nos darmos conta, veremos dúzias de outros produtos que tiram vantagem da nanotecnologia, abrangendo de microprocessadores Intel a bio-nano baterias, capacitores de apenas uns poucos nanômetros de espessura. Embora isso seja excitantes, é apenas a ponta do iceberg de como a nanotecnologia vai nos impactar no futuro.
Tênis, alguém?
A nanotecnologia está causando um grande impacto no mundo do tênis. Em 2002, a companhia de raquetes de tênis Babolat lançou a raquete VS Nanotube Power. Feita de nanotubo de grafite reforçado com nanotubos de carbono, a raquete era muito leve e muitas vezes mais forte que o aço. Enquanto isso, a fabricante de bolas de tênis Wilson lançava a bolinha Double Core. Essas bolas têm uma cobertura de nanopartículas de argila no núcleo interno. A argila age como um selante, fazendo com que seja muito difícil que o ar escape da bola.

Na próxima página, vamos ver algumas das coisas incríveis que a nanotecnologia nos reserva.

Autoria: http://ciencia.hsw.uol.com.br/nanotecnologia3.htm

[hsw] - Nanofios e nanotubos de carbono

Atualmente, os cientistas descobriram duas estruturas de tamanho nanométrico de especial interesse: nanofios e nanotubos de carbono. Os nanofios são fios com um diâmetro muito pequeno, às vezes de 1 nanômetro. Os cientistas esperam usá-los para construir transistores minúsculos para chips de computador e outros dispositivos eletrônicos. Nos últimos dois anos, os nanotubos de carbono têm ofuscado os nanofios. Nós ainda estamos aprendendo sobre essas estruturas, mas o que sabemos até agora é muito excitante.

Um nanotubo de carbono é um cilindro de átomos de carbono de tamanho nanométrico. Imagine uma folha de átomos de carbono, que se pareceria com uma folha de hexágonos. Se você enrolasse essa folha formando um tubo, você teria um nanotubo de carbono. As propriedades de um nanotubo de carbono dependem de como você enrola a folha. Em outras palavras, embora todos os nanotubos de carbono sejam feitos de carbono, eles podem ser muito diferentes de uns dos outros, dependendo de como você os alinha os átomos individuais.


Nanotubos de carbono em multicamadas: mais fortes que o aço, com um sexto do peso

Com a organização correta de átomos, você pode criar um nanotubo de carbono que é centenas de vezes mais forte que o aço, porém seis vezes mais leve [fonte: The Economist]. Engenheiros planejam fazer material de construção com nanotubos de carbono, especialmente para coisas como carros e aviões. Veículos mais leves significariam melhor eficiência de combustível e a força adicionada se traduz no aumento da segurança do passageiro.

Os nanotubos de carbono também podem ser semicondutores eficazes com o arranjo correto de átomos. Cientistas ainda estão trabalhando na descoberta de formas de fazer dos nanotubos de carbono uma opção realística para transistores em microprocessadores e outros eletrônicos.

Grafite x Diamantes
Dependendo da maneira como seus átomos são arranjados, o carbono pode se transformar em grafite ou em diamante

Qual a diferença entre grafite e diamantes? Os dois materiais são feitos de carbono, mas ambos têm propriedades amplamente diferentes. O grafite é mole; diamantes são duros. O grafite conduz eletricidade, mas os diamantes são isolantes e não conduzem eletricidade. O grafite é opaco; os diamantes são geralmente transparentes. Grafite e diamantes têm essas propriedades por causa da maneira como os átomos de carbono se ligam à escala nanométrica.

Na próxima página, vamos dar uma olhada nos produtos que estão pegando carona na nanotecnologia.

[hsw] - O mundo da nanotecnologia

Os especialistas às vezes discordam sobre o que constitui a nanoescala, mas em geral, você pode pensar em nanotecnologia lidando com quaisquer medidas entre 1 nm e 100 nm. Maior que isso é micro-escala, e menor que isso é escala atômica.

Engenheiro da Intel observa bolacha de silício contendo vários chips de 45 nanômetros


A nanotecnologia está rapidamente se tornando um campo intermultidisciplinar. Biólogos, químicos, físicos e engenheiros estão envolvidos no estudo de substâncias à escala nanométrica. Störmer espera que as diferentes disciplinas desenvolvam uma linguagem comum e se comuniquem entre si. Só então, ele diz, nós efetivamente ensinaremos nanociência, já que você não pode compreender o mundo da nanotecnologia sem uma base sólida em múltiplas ciências.

Um dos aspectos excitantes e desafiadores da nanoescala é o papel que a mecânica quântica representa nela. As regras da mecânica quântica são muito diferentes da física clássica, o que significa que as substâncias à nanoescala podem, às vezes, contradizer o senso comum ao comportar-se de forma errática. Você não pode andar até uma parede e imediatamente se teleportar para o outro lado, mas à escala nanométrica um elétron pode - isso é chamado tunelamento de elétrons. Substâncias que são isolantes (elas não podem carregar corrente elétrica), podem se tornar semicondutoras quando reduzidas à nanoescala. Pontos de derretimento podem mudar devido a um aumento da área de superfícies. Muito da nanociência exige que você esqueça o que você sabe e comece a aprender tudo de novo.

Então o que isso tudo quer dizer? No momento, isso significa que os cientistas estão experimentando com substâncias à nanoescala para aprender sobre suas propriedades e como nós poderemos ser capazes de tirar vantagem delas em várias aplicações. Os engenheiros estão tentando usar nanofios para criar microprocessadores menores e mais poderosos. Médicos estão procurando formas de usar as nanopartículas em aplicações médicas. Temos ainda um longo caminho a percorrer antes que a nanotecnologia domine os mercados da tecnologia e da medicina.
Na próxima página, vamos dar uma olhada em duas importantes estruturas na nanotecnologia: os nanofios e o carbono.

É um mundo pequeno, afinal
À nanoescala, os objetos são tão pequenos que não podemos vê-los - mesmo à luz do microscópio. Os nanocientistas têm de usar ferramentas como microscópio de varredura de tunelamento ou microscópios de força atômica para observar qualquer coisa à nanoescala. Os microscópios de varredura de tunelamento usam uma corrente elétrica fraca para investigar o material escaneado. Os microscópios de força atômica varrem as superfícies com uma ponta incrivelmente delicada. Os dois microscópios enviam os dados para um computador, que pode montar a informação e projetá-la graficamente no monitor [fonte: Enciclopédia Britânica]

Autoria: http://ciencia.hsw.uol.com.br/nanotecnologia1.htm

[hsw] - Como funciona a nanotecnologia

Há uma convergência multidisciplinar sem precedentes de cientistas dedicados a estudar um mundo tão pequeno que nós não conseguimos ver - mesmo com a luz de um microscópio. Esse mundo é o campo da nanotecnologia, o reino dos átomos e das nanoestruturas. A nanotecnologia é tão nova que ninguém sabe ao certo o que virá dela. Mesmo assim, predições variam da capacidade de reproduzir coisas como diamantes e comida ao mundo sendo devorado por nanorrobôs que se replicam sozinhos.



Para entender o mundo incomum da nanotecnologia, precisamos ter uma ideia das unidades de medida envolvidas. Um centímetro é um centésimo de um metro, um milímetro é um milésimo de um metro e um micrometro é um milionésimo de um metro, mas todas essas ainda são grandes comparadas à nanoescala. Um nanômetro (nm) é um bilionésimo de um metro, menor que o comprimento de onda da luz visível e um centésimo de milésimo da largura de um fio de cabelo humano [fonte: Berkeley Lab].

Mesmo sendo tão pequeno quanto é, um nanômetro ainda é grande comparado à escala atômica. Um átomo tem um diâmetro de cerca de 0,1 nm. O núcleo de um átomo é muito menor - cerca de 0,00001 nm. Átomos são os blocos de construção de toda a matéria no nosso Universo. Você e tudo o mais à sua volta são feitos de átomos. A natureza aperfeiçoou a ciência da fabricação de matéria em nível molecular. Por exemplo, nossos corpos são montados de uma maneira específica por milhões de células vivas. As células são as nanomáquinas da natureza. Na escala subatômica, os elementos estão no seu nível mais básico. Na nanoescala, potencialmente nós podemos colocar esses átomos juntos para fazer quase qualquer coisa. 

Em um seminário chamado "Small Wonders: The World of Nanoscience" (Pequenas Maravilhas: O Mundo da Nanociência), Horst Störmer, ganhador do prêmio Nobel, disse que a nanoescala é mais interessante que a escala atômica porque é o primeiro ponto onde podemos montar algo - pelo menos até começarmos a juntar os átomos e fazermos alguma coisa útil.

Neste artigo, vamos aprender o que a nanotecnologia significa nos dias de hoje e que futuro da nanotecnologia ela nos reserva. Também veremos os riscos potenciais do trabalho em nanoescala.

Na próxima página, vamos aprender mais sobre o nosso mundo em nanoescala.




quinta-feira, 21 de julho de 2011

Dica de Leitura

Olá,

Nesse post vou disponibilizar dois arquivos muito bons para explicar para alunos ou adiquirir os conceitos iniciais do que são as NT's:


Afinal, o que é Nanociência e Nanotecnologia?
Uma Abordagem para o Ensino Médio
Revista "Química Nova Escola"; Vol. 31, n° 3, Agosto 2009

SINOPSE
Este é um artigo da revista "Química Nova Escola" um pouco antigo mas que aborda de forma resumida os principais pontos relevantes para a compreenção das nanotecnologias

link:
https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=explorer&chrome=true&srcid=0B504VcUsEVuQMDE2YzMzZDktNzVlZC00ZjQ0LTlmMzEtNTljMTNkNDc3MDBj&hl=pt_BR



Cartilha sobre Nanotecnologia
ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industria) e UNICAMP/FUNCAM

SINOPSE
A Cartilha introduz a nanotecnologia falando das escalas de tamanho, da nanotecnologia na natureza, de como se faz nanotecnologia, tudo em linguagem simples, sem qualquer rebuscamento, porém rigorosa, visando dar ao leitor a idéia mais clara possível deste instigante ramo da pesquisa científica.
O texto avança para as aplicações da nanotecnologia, procurando mostrar sua cadeia de valor e as aplicações que geraram produtos, tanto no mercado internacional quanto os produtos brasileiros.

link:
https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=explorer&chrome=true&srcid=0B504VcUsEVuQYmIwZWZiZjUtZDAyNS00ZDUyLWEwOWQtZjdiMGYzMzA3OWE1&hl=pt_BR
ou
http://lqes.iqm.unicamp.br/canal_cientifico/lqes_news/lqes_news_cit/lqes_news_2010/lqes_news_novidades_1473.html



Nanotecnologia: o transporte para um novo universo.
Fundacentro
ISBN 978-85-98117-38-6

SINOPSE
Esta publicação introduz conceitos da nanotecnologia e discute questões existentes sobre os possíveis riscos à saúde e ao meio ambiente.
A história é ambientada em uma transportadora e traz três personagens que discutem o tema: a primeira delas é entusiasta das novas tecnologias, o segundo tem uma visão crítica e precavida e o terceiro apresenta dúvidas e tem idéias flexíveis, com postura de aprendizado.

link:
https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=explorer&chrome=true&srcid=0B504VcUsEVuQNDU2NDcxODctZTdmMi00YmM2LTg3MzctMDFmMjA2NzA3NmFl&hl=pt_BR
ou
http://www.fundacentro.gov.br/dominios/CTN/seleciona_livro.asp?Cod=236



Nanociências: A revolução invisível
ISBN: 978-85-378-0149-9

SINOPSE
Seriam as nanomáquinas capazes de se tornar independentes de nós?
Poderiam elas ser tóxicas e prejudiciais ao ambiente?
Um dos grandes temas atuais, a nanotecnologia é também um dos principais dilemas da humanidade: representa a promessa da construção de nanorrobôs, a invenção de novos materiais ou o perigo de se criar organismos atomicamente modificados. Esse livro pioneiro analisa o processo de transformação de uma tecnologia “limpa” em algo que utiliza amplamente os recursos naturais, desviando-se de seus principais objetivos. Relata como os interesses políticos e econômicos relacionados sobretudo à indústria bélica (e capitaneados pelos Estados Unidos) desvirtuaram as pesquisas em nanotecnologia.
Os autores, um pesquisador e uma jornalista científica, são otimistas. Para eles, se o público tiver conhecimento do que ocorre, será mais fácil inverter a tendência atual e a nanociência poderá se voltar para seu objetivo principal: o desenvolvimento sustentável.

link:
https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=explorer&chrome=true&srcid=0B504VcUsEVuQYWY1N2U2MTktYWQ4NC00NDIwLWE3ZjMtNzM0YTU0NjNjZWY2&hl=pt_BR


.. como prometido o PFN ( Projeto Fuçando na Nanotecnologia ) está a todo vapor, no decorrer dos dias irei colocar mais coisas que aprendi e consegui na SBPC.

ps: pra quem não conferiu também tem o "Manual de Bolso das Nanotecnologias"

terça-feira, 12 de julho de 2011

Mini-Curso ( dia 1 )


Esses são os dados principais do mini-curso que resolvi fazer na SBPC . 


Minu Curso - NANOPARTÍCULAS: PROPRIEDADES E APLICAÇÕES
Responsável: EMILIA CELMA DE OLIVEIRA LIMA (UFG)
Ementa: Propriedades de nanopartículas: metais, óxidos metálicos e semicondutores; exemplos de produtos contendo nanopartículas; Métodos de síntese de nanopartículas; Preparação de suspensões coloidais de nanopartículas; Caracterização de nanopartículas e de suspensões coloidais; Nanopartículas magnéticas para aplicações em biomedicina.
Data: 12 a 14/07/2011
Horário: 08h00 às 10h00
Público alvo: Alunos de Pós-graduação

Hoje a prof.ª Emilia explicou vários conceitos e exemplos marcantes de como as propriedades dos materiais muda em escala nanométrica e quais aplicações elas influenciam. Um ponto marcante sobre isso é que segundo ela o segundo maior pesquisador da área no mundo informou a 2 semanas atrás que hoje já temos mais de 400 produtos no mercado que usam diretamente a nanotecnologia.

Uma coisa legal que ela comentou foi que o Brasil é o 13° produtor de conhecimento ( artigos científicos ) porém falta uma maneira de fazer a nanociência virar nanotecnologia, ou seja, levar o conhecimento adquirido nas universidades para as empresas e desenvolver produtos pois o estudo da ciência dos materiais em escala nanométrica consegue incrementar as propriedades desdes de forma singular e única gerando novas possibilidades. Abaixo tem o esqueminha da prof.ª

Nanociência -> Nanotecnologia

Pesquisa e Inovação
X
Transferência de Tecnologia

Desenvolvimento de Processos




63° SBPC


Pois é pessoal estou lá na 63° SBPC pra conferir e cobrir tudo sobre Nanociência e Nanotecnologia \o/

No Próximo post eu irei falar do mini-curso que estou fazendo com uma das pesquisadores de maior altoridade do tema das NT's no país.



"A 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorrerá de 10 a 15 de julho de 2011, na Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia (GO), terá como tema central “Cerrado: água, alimento e energia”. Trata-se de um dos maiores eventos científicos do País."

Para saber mais sobre a SBPC siga o link: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=comeca-63-reuniao-anual-sbpc&id=010175110711

sexta-feira, 6 de maio de 2011

[News] - Intel apresenta transistores 3-D de 22 nanômetros

A Intel anunciou o início da fabricação em escala industrial de transistores 3-D com estruturas de 22 nanômetros. Isso mostra como está sendo a influência da aplicação das NT's.


Ilustração comparando um transístor planar de 32 nanômetros com o novo transístor 3-D de 22 nanômetros. À esquerda está o transístor planar, no qual a corrente, representada pelos pontos amarelos, flui em um plano sob a porta. À direita está o transístor 3-D, no qual a corrente flui nos três lados de uma saliência que se eleva verticalmente da pastilha de silício.



Confiram a notícia na integra aqui:
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=intel-transistores-3-d&id=010110110506&ebol=sim

Nova Cara

Olá pessoal \o/

Vim aqui dizer que o blog está de cara nova ( sim eu não resisti aos recursos ultra-power-hiper modernos do editor de layouts do "blogspot" )

Então vamos dar tchau para o antigo formato e recomeçar uma nova carreira no NanoWow

"O infinito elevado a -9 e além"


O sucesso das nanopartículas

Estava eu sem muito o que fazer ( ou Não ) até que me deparei com um texto em uma revista antiga da ISTOÉ, que como todos os outros era bem superficial ao abortar um assunto tão amplo como as NT's mas dizia algumas boas considerações que fiz questão de compartilhar:

Um ataque direto e poderoso às doenças
"A razão do sucesso das nanopartículas está nas potencialidades que surgem quando uma molécula maior é submetida a sucessivos processos para reduzir seu tamanho."
Múltiplos usos, várias pesquisas têm buscado aplicações:
   1 - Terapêutica: As nanopartículas permitem que a droga vá diretamente para a área afetada. Isso possibilita a redução das doses de fármaco administradas
   2 - Diagnóstico: Possibilitam a identificação rápida de doenças, usando pouquíssimas amostras biológicas ou material genético.
   3 - Engenharia de tecidos: são usadas para recobrir tecidos

Fonte:

Revista ISTOÉ
Ano 34 n° 2134  22 set/2010