segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

FCN GT MR - Indicadores de qualidade de insumos ou produtos nanotecnológicos


      Muitas organizações científicas ou forças-tarefas governamentais têm recomendado fortemente que toxicologistas caracterizem adequadamente as propriedades físico-químicas das nanopartículas. No entanto, muitas vezes esta recomendação é inconsistente ou ineficaz por não haver uma priorização de quais são, de fato, as características físico-químicas prioritárias capazes de afetar a segurança ou determinar a potencial toxicidade das mesmas. 

      Estas propriedades físico-químicas influenciarão os riscos envolvidos, não somente na cadeia produtiva como ao consumidor. Uma análise dos trabalhos científicos publicados até o momento indica que as propriedades abaixo citadas são as mais relevantes neste quesito, devendo ser as prioritárias para a análise de risco.

  • Tamanho das partículas e distribuição de tamanho;
  • Via de exposição/administração;
  • Labilidade em meios biológicos ou ambiente;
  • Estrutura cristalina;
  • Estado de agregação;
  • Composição / revestimentos de superfície;
  • Reatividade de superfície;
  • Método de síntese/ fabricação;
  • Pureza da amostra;
  • Volume de produção.

      Na atualidade uma nova ciência tem emergido, a  Nanotoxicologia, uma sub-área da Nanotecnologia. A Nanotoxicologia estuda da interação de nanoestruturas com sistemas biológicos, com ênfase na elucidação da relação entre as propriedades físicas e químicas (por exemplo, tamanho, forma, química de superfície, composição e agregação) de nanoestruturas com a indução de respostas biológicas tóxicas.  A figura sistematiza  as etapas e fatores que influenciam  as interações entre as nanopartículas e os meios biológicos.

Interrelações entre as propriedades físico-químicas das nanopartículas e as respostas biológicas (Fischer and Chan, Current Opinion in Biotechnology 2007, 18:565–571).

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