Muitas organizações científicas ou forças-tarefas governamentais têm recomendado fortemente que toxicologistas caracterizem adequadamente as propriedades físico-químicas das nanopartículas. No entanto, muitas vezes esta recomendação é inconsistente ou ineficaz por não haver uma priorização de quais são, de fato, as características físico-químicas prioritárias capazes de afetar a segurança ou determinar a potencial toxicidade das mesmas.
Estas propriedades físico-químicas influenciarão os riscos envolvidos, não somente na cadeia produtiva como ao consumidor. Uma análise dos trabalhos científicos publicados até o momento indica que as propriedades abaixo citadas são as mais relevantes neste quesito, devendo ser as prioritárias para a análise de risco.
- Tamanho das partículas e distribuição de tamanho;
- Via de exposição/administração;
- Labilidade em meios biológicos ou ambiente;
- Estrutura cristalina;
- Estado de agregação;
- Composição / revestimentos de superfície;
- Reatividade de superfície;
- Método de síntese/ fabricação;
- Pureza da amostra;
- Volume de produção.
Na atualidade uma nova ciência tem emergido, a Nanotoxicologia, uma sub-área da Nanotecnologia. A Nanotoxicologia estuda da interação de nanoestruturas com sistemas biológicos, com ênfase na elucidação da relação entre as propriedades físicas e químicas (por exemplo, tamanho, forma, química de superfície, composição e agregação) de nanoestruturas com a indução de respostas biológicas tóxicas. A figura sistematiza as etapas e fatores que influenciam as interações entre as nanopartículas e os meios biológicos.
Interrelações entre as propriedades físico-químicas das nanopartículas e as respostas biológicas (Fischer and Chan, Current Opinion in Biotechnology 2007, 18:565–571).
Nenhum comentário:
Postar um comentário